Os 07 livros que todo mundo deveria ler.


Estimulado pelos sete livros que todo mundo deveria ler de Neil deGrasse Tyson (meu ídolo), os sete livros que todo mundo deveria ler by Geison (eu):

Estes sete livros não são "os melhores livros", nem "os mais bem escritos", mas são livros que tem a propriedade de mudar o nosso modo de pensar e de alterar a forma como vemos e vivemos o mundo.

#01O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A Ciência vista como uma vela no escuro. (Carl Sagan).

Este deveria ser obrigatório em escolas, é o tipo de livro que você tem vontade de pagar para que as pessoas leiam, pois além de abrir as janelas para o que realmente acontece ao nosso redor, é um pontapé na bunda de quem vive mergulhado na ignorância intelectual. Se alguém leu e não gostou, não pode ser meu amigo.
http://www.skoob.com.br/livro/140-o-mundo-assombrado-pelos-demonios

#02O Mundo de Sofia (Jostein Gaarder)

Se você não teve muito contato com filosofia na sua vida, este livro vai lhe tirar o chão, um romance em que o personagem principal vai pular para fora do livro e sentar no seu ombro, ou você vai entrar no livro e não sair nunca mais.
http://www.skoob.com.br/livro/134-o-mundo-de-sofia

#03O Estrangeiro (Albert Camus)

Camus vai lhe deixar perplexo com o absurdo da vida, a profundidade do personagem vai fazer todos outros estereótipos literários parecerem saídos de gibis da Mônica, você sabe se colocar no lugar de outra pessoa? Enfim, não é um livro feliz.
http://www.skoob.com.br/livro/1795-o-estrangeiro

#04 - Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley)

Você já parou para pensar em que ponto da existência da humanidade você se encontra, e como serão as coisas no futuro? Em poucos anos já vemos culturas desabarem e tabus inverterem os polos, mas como será o futuro? Aldous Huxley vai esfregar vergonha e dúvida na sua cara com esse romance futurista.
http://www.skoob.com.br/livro/996-admiravel-mundo-novo

#05 - O Porco Filósofo (Julian Baggini)

Filosofia de novo.. (mas tem um livro de terror lá no final!). Esse livro é uma mão na roda para quem quer ter um apanhado geral sobre quase todas ideias filosóficas de forma clara, interessante e com exemplos no dia a dia, são 100 historietas curtas filosóficas que vão explodir seu cérebro. Bzzzzzz!
http://www.skoob.com.br/livro/1675-o-porco-filosofo

#06 - O Relojoeiro Cego (Richard Dawkins)

A ideia inicial era colocar "Além do Bem e do Mal (Friedrich Nietzsche)" como sexto colocado, mas acho que o tio Nietzsche é massante demais, ou seja, chato pra caralho, e já tem livros de filosofia que chega. Dawkins é mais querido, além de ter inventado a concepção de "memes" ele é biólogo! Neste livro ele vai fazer você querer se ajoelhar ao chão e examinar as formigas, vai lhe colocar no seu devido lugar na cadeia biológica e transformar sua vida de simples mortal em... ...mais simples mortal ainda. Por favor leiam.
http://www.skoob.com.br/livro/4036-o-relojoeiro-cego

#07 - O Cemitério Maldito (Stephen King)

Que graça tem viver sem passar medo, ao menos fictício? Acredito que o fascínio do horror na literatura ocorre pela sensação de poder que o leitor tem de tornar simples palavras em sensações reais de pavor. São poucos os livros que realmente podem lhe assustar, escolhi o Cemitério Maldito pois é um dos que me fez fechar o livro, ouvir os sons que não existiam, checar embaixo da cama e continuar a leitura. Outro muito bom (ou muito assustador): O Exorcista (William Petter Blatty), afinal todo dia é um bom dia para um exorcismo.
http://www.skoob.com.br/livro/246710-cemiterio-maldito


Me contive apenas nos livros que tem versões traduzidas, a cada minuto um novo livro coça no cerebelo, mas para não deixar a lista infinita, são esses e deu.

Gostaria de saber de todas as pessoas quais foram os livros que mais marcaram ou chocaram a realidade em que vivem, mas infelizmente já nem são tantas as pessoas que gostam de ler, você gosta? Então...




Próxima lista: 10 livros de ficção científica que vão abalar sua realidade.


Geison.

A Esfera de Ônix - Part I

Os céus estavam acinzentados naquele fim de tarde no vilarejo da Ponte do Arco, os ventos do oeste traziam baforadas secas de um verão que castigara o solo, a população de agricultores e pescadores, acostumados com a abundância, encontravam-se desanimados e melancólicos nesses tempos de privações.

E é nesse clima monótono que os anões da montanha entoam sua melodia de marteladas junto a Ponte do Arco, em uma coreografia laboriosa levando pedras, plantando estacas e erguendo paredes, incessante esforço para reconstruir a ponte destruída pelas torrentes furiosas do Rio Arkhen. Os hospitaleiros anões da montanha não descansam até horas após o sol se esconder no horizonte.

Mas não é nada hospitaleiro o que se desenvolve junto a Taverna Do Arco, onde a atenção de todos é quebrada por um arremesso de uma caneca junto à parede.

Syrnallin está em pé junto a uma das mesas, com o dedo em riste urra ao conjunto de guerreiros da mesa ao lado.

- E não venham me dizer que não estão me olhando atravessado! Seus porcos falantes, energúmenos e fétidos! Ninguém, NINGUÉM, olha atravessado para Syrnallin, o rei dos elfos, e vê o sol nascer novamente!

- Syrnallin, menos... - Mörgun, o bardo, encaminha o homem alto e de armadura vermelha para recomposturar-se junta à mesa, aonde mais quatro estranhos aventureiros se encontram.

Mircalla não esconde as feições de constrangimento diante das intempéries de Syrnallin, que no momento limpa a baba de cerveja da barba clara.À sua frente, não menos bêbado, Boonshor gargalha guturalmente, sem preocupar-se no banho de cerveja quente que acaba presenteando aos companheiros.

A elfa esguia, incomodada, passa o copo lambuzado do orc ao lado, aonde um senhor, de cabelos brancos analisa o líquido contra a luz. Agro sempre dedicou-se às artes mágicas e alquímicas, e cada possibilidade de absorver conhecimento não é passada em branco.

- Acho que é melhor mantermos o foco e decidirmos o que fazer para passar o tempo até que consertem a ponte. - Diz Mörgun, tentando desviar a atenção para um novo tópico. Mörgun carrega um bandolin às costas, o que lhe dá um ar de camaradagem e simpatia.

- Tempo precioso para estudos e dedicação ao conhecimento. - menciosa Agro, e neste momento o amarelo da cerveja se torna vermelho diante de todos. Agro sorri.

- Truque barato, - rosna Boonshor - e tirando o copo das mãos do mago, bebe tudo com um gole, arrotando em seguida.

Syrnallin desembainha a espada e levanta novamente, derrubando a cadeira, Mircalla e Mörgun intervêm e mais uma vez sentam o amigo, que aparenta estar furioso com mais alguma coisa imaginária.

Após alguns minutos, a porta do estabelecimento abre-se com violência, e surge à Taverna uma criatura imponente, as feições de meio-orc são notáveis, em torno do corpo, sete espadas disputam espaço junto aos músculos esverdeados.

- Tem alguém neste covil que não se preocuparia em dormir com os vermes?! Urra o meio-orc, dirigindo-se ao meio da taverna.

Os ali presentes parecem não se importar com a prepotência do visitante, coisa comum nas terras esquecidas, ignorando-o por completo.

Exceto Syrnallin.

Obviamente.

Apotheosis Part XIX

Chove forte no telhado de zinco do velho galpão.

Egoismus agacha-se perto do cadáver e toca de leve o sangue que escorre pela boca da moça que ali jaz. "Aproximadamente um dia do óbito".
Há um odor pungente de velas no ar, Egoismus sempre odiou o cheiro de velas, e aquele sangue todo colorindo o chão é um tanto 'oh so trendy'.

Egoismus odeia o cheiro de velas e sangue.

Apotheosis Part IV

 

Balder ajeita o objeto envolto em veludo preto por sobre a mesa diante de Egoismus, lentamente desdobra o pano revelando seu conteúdo nefasto.

A visão da mão de Tyr não é digna de muita apreciação, dedos crispados secos envoltos em pele acinzentada e decrépita.

Egoismus segura o membro mumificado e observa intensamente por alguns momentos.

- Belo trabalho Balder, belo trabalho – pronuncia enquanto volta a enrolar o artefato no seu tecido mortuário.

- Não sabes o quão furioso está Fenrir... – retruca Balder, esfregando as mãos esperando pela sua parte da troca.

Egoismus coloca o objeto em uma das gavetas da sua mesa, e discretamente pega a pistola Colt Romero cuidadosamente previamente disposta na mesma gaveta.

- Como sabes Ego, temos um trato, e ficarei feliz em terminarmos logo com isso – diz Balder sorrindo forçosamente.

“BANG!”

Um traço vermelho colore o rosto de Balder, sua orelha, agora inexistente, transformada num pequeno chafariz de sangue.

- P-porquê isso Ego! – clama o emissário, perdendo o equilíbrio caindo de joelhos – um grande homem não seria desse modo tão covarde!

“BANG!”

E o crânio de Balder transforma-se em uma massa disforme de sangue, miolos e tristeza.

- Talvez eu não seja tão grande.

Egoismus não gosta de compartilhar palavras enquanto pensa em como limpar a bagunça.

Apotheosis Part III

É no sótão da casa de Hel que se encontra Egoismus, mascando pensativo, abstrato e contemplativo algum abjeto nutrimento.

Passos ecoam nas escadarias, Egoismus tenta associar o ruído com o corpo do indivíduo incógnito aproximando-se.

- Melpômene -  Sussurra pra si mesmo, enquanto acomoda rapidamente o cabelo com as mãos e ao mesmo tempo procura uma postura venerável na sua cadeira  furtada de uma velha druida senil.

A porta de cedro abre-se, revelando o  visitante emblemático.

Balder fita curiosamente o interior do aposento, absorto nos inúmeros detalhes, até perceber-se da figura por detrás da mesa. Egoismus aparente desgosto e frustração.

- Oh, boa noite Ego – Balder aproxima-se, sentando em frente à mesa, ainda fitando admirado os inúmeros objetos cuidadosamente assentados nas prateleiras.

- Boa? Consideras ainda as noites ainda  boas? Nada mal para um morto-vivo – responde Egoismus, voltando a ruminar lentamente – Já lhe adiantarei que não tenho interesse em lhe entregar o artefato – Egoismus descansa os braços e fita o pálido visitante, praticamente mandando-o embora com um olhar de desaprovação.

-Haha, o velho insolente Egoismus de sempre – gargalha forçosamente Balder – Na verdade, vim propor uma troca.

Egoismus levanta uma sobrancelha.

-Lhe oferecemos um valor absurdo Ego, valor suficiente para que saia do rabo de Hel, valor este para que construas teu próprio castelo, ou seja lá que antro prefiras habitar.

Egoismus masca seu chiclete.

-Estou falando de uma grande importância – articula Balder, aparentando uma seriedade mórbida.

Egoismus masca seu chiclete.

-Pense bem, não precisarias mais preocupar-se com favores daqueles elfos sujos  - Balder fala quase sentindo a vitória.

Egoismus masca seu chiclete.

-Pense nas ninfas.

Egoismus fica estático. Os dois fitam-se por terríveis segundos de silêncio constrangedor.

- Proponho uma troca – profere Egoismus, voltando à sua atividade mandibular.

-Troca? – É a vez de Balder levantar a sobrancelha do questionamento.

- Traga-me a mão direita de Tyr.

- Você está louco? Estamos falando de Tyr!! – Esbraveja Balder.

- Estamos falando do prepúcio de Cristo – retruca Egoismus.

- Não posso. Não, não, não posso, você é doente Egoismus, você é doente e maldito! – Balder levanta-se, caminha até a porta e contém-se um momento antes de sumir na escadaria abaixo. – Verei o que pode ser feito.

A porta fecha-se, som de passos ecoam degraus abaixo.

Egoismus continua seu mascar incessante por alguns minutos, então levanta-se, abre um armário sépia, pega um vidrinho que contém um líquido amarelado e nele cospe um pequeno aglomerado de pele disforme.

Apotheosis Part II

Virgílio hesita em sentar, a cadeira exótica forrada com padrões celtas e entalhes minuciosos aparenta séculos de existência, seu traseiro não mereceria tanto.

Egoismus permanece entretido com alguma assimetria inexistente nas próprias unhas.

"Você magoou Beatriz." Interrompe o velho Virgílio.

"Não que tenha me esforçado." Murmura Egoismus, sem interromper sua tarefa estética.

Virgílio retira um ramo seco do bolso e larga por sobre a mesa, igualmente ornada com os malditos padrões celtas.

Egoismus examina o objeto alguns instantes, abre uma gaveta retirando dela um fino pedaço de papel e começa a esmigalhar o ramo por sobre este.

"É uma mandrágora, Ego."

"De fato."

O velho apóia-se na mesa aproximando-se do homem à sua frente, arriscando uma voz mais imponente:

“Não sou como Beatriz, quero uma resposta, e agora!”

“Não há respostas Virgílio.”

Virgílio dirige-se à janela, fitando o nada:

"Permaneces inflexível como uma pedra.”

“Sou a pedra na uretra de Sísifo.”

Através do reflexo do vidro, Virgílio acompanha por alguns minutos a ocupação do colega:

“Você não vai fumar esta merda Egoismus.”

“Decerto, irei comê-la.”

Virgílio dirige-se para a porta, exalando um ar de que algo pior irá acontecer.

“Trarei Melpômene.”

Egoismus não esconde um sorriso sarcástico.

Ausência Notória


No mask like open truth to cover lies,
As to go naked is the best disguise.

—Congreve,William                          

mais longe

Just Walk.

Further

drama

para que(m) é meu conhecimento?

wanna be

Eu

Queria.

ser

A tua

Árvore.